quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tratos Culturais

Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.

O controle das plantas daninhas é uma prática indispensável. A ocorrência dessas plantas causa uma série de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutíferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no aparecimento de pragas e doenças, tal infestação dificulta a inspeção e manutenção dos sistemas de irrigação, aumentando o custo operacional nas áreas irrigadas por sistema de aspersão móveis. Devemos salientar que além dos transtornos mencionados, tem também as dificuldades na hora da colheita.
O controle das plantas daninhas, tem sido feito por capinas manuais na projeção da copa, deixando o mato para ser rebaixado com roçadeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas. Na Zona da Mata (Região Nordeste); tem sido comum esta prática no período de chuva.
O controle das plantas daninhas mediante a aplicação de herbicidas é recomendável nas áreas das empresas agrícolas de médio e grande porte, que podem contar com assistência técnica especializada. Neste caso é preciso o conhecimento minucioso não só da população invasora como do herbicida a ser aplicado. Há necessidade de estudos nessa área, envolvendo a aceroleira, de modo a evitar efeitos tóxicos à planta e na contaminação dos frutos a serem exportados, ou comercializados no mercado interno.


Podas de Formação e Corretivas

As podas na cultura da acerola são fundamentais, em regiões tropicais a planta chega até 9 safras/ano, com colheitas diárias. Podas de formação, limpeza e drásticas bem executadas facilitarão os tratos culturais e na colheita.
Após o pegamento da muda no local definido, serão necessárias podas de formação para conduzi-las em haste única até a altura de 30-40 cm do solo. Esta haste após podada a gema apical, deverá ficar entre 50 a 60 cm de altura, sendo com isto estimulada a brotação das gemas laterais. Estas gemas originarão ramos laterais dos quais serão escolhidos 3 ou 4 ramos eqüidistantes, com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equilíbrio físico entre os ramos.
Também é importante podas corretivas a fim de eliminar as brotações que surgem nos três ou quatro ramos principais, especialmente os que se dirigem para o solo. Esta poda é para evitar que os ramos cubram o solo na área da projeção da copa e atrapalhe na prática de cultura – irrigação, adubação e cobertura morta.
É necessário eliminar as brotações nas pernadas ou ramos principais até dez centímetros a partir do tronco, inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada. Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso permitirá maior penetração de luz solar no dossel vegetal, atingindo ramos e folhas no seu interior.
A poda de ramos indesejáveis deve ser feita assim que necessária para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde terão que ser podados. Se feito isto tardiamente, poderá determinar a formação de uma copa defeituosa.
A poda drástica tem sido executada uma vez ao ano, quando a planta já adulta, encontra-se em repouso vegetativo, o que acontece no período de chuva no Norte/Nordeste ou no inverno para outras regiões.
Essa poda é feita visando reduzir a altura da copa em 1,5 a 2,0m, cortando os galhos mais vigorosos e mal localizados, facilitando a operação de colheitas que se concentram na primavera e verão.
A poda corretiva deverá ser feita após cada ciclo fenológico de produção ou quando necessária, de modo a manter as plantas na altura padrão do pomar. Não se recomenda as podas destinadas a estimular a frutificação, pois ainda carece de estudos, e pesquisas antes que tal prática possa ser implementada em pomares orientados para a produção comercial.
É de forma generalizada, que as aceroleiras com maior volume de copa são mais produtivas. Daí a necessidade de agir com cautela no que concerne às podas de frutificação, pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas espécies prejudicam a produção.
A poda de limpeza é feita durante toda a vida útil das aceroleiras e torna indispensável a manutenção da conformação desejada. Devendo ser feita quando a planta estiver se flores e frutos, sempre que necessário.

Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br

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