ACEROLA
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Origem
A acerola (Malpighia emarginata), também conhecida popularmente como cereja-das-antilhas ou cereja-de-barbados, tem origem nas Antilhas, América Central e norte da América do Sul.
Cultura intercalar
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.
O plantio de culturas intercalares é viável em pomares de aceroleiras voltadas a exportação, embora esta prática esteja sujeita a algumas restrições. A principal delas diz respeito ao método de irrigação utilizado: a consorciação só é possível quando se adota a irrigação por aspersão ou se for feita no período de chuvas. Nesta época ela pode tornar-se pouco atraente, devido à irregularidade temporal e espacial das precipitações, tal como ocorre, na região Nordeste. O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras – Principalmente a mangueira – apesar de já ter sido praticado em áreas irrigadas n Nordeste, requer maiores conhecimentos técnicos.
Embora não apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo, o consórcio entre aceroleiras e mangueiras, pode tornar-se bastante difícil, principalmente depois que as mangueiras iniciam a produção econômica ou quando as copas das fruteiras consorciadas começam a se interceptar. Sérias dificuldades se fazem sentir na tentativa de compatibilizar a irrigação, a adubação e as pulverizações. Estas práticas são especificas de cada cultura e devem ser executadas em épocas predeterminadas, então vai haver uma hora que o produtor terá de eliminar a cultura secundária, para não prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal.
Outro fator que define a espécie da cultura a ser consorciada com a acerola é o sistema de irrigação adotado. Nas irrigações por sulco ou aspersão, as limitações restringem-se apenas às espécies de cultura passíveis de consorciação. Se a irrigação é a localizada, a intercalação de culturas, só pode ser feita entre plantas ao longo da fileira. Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigação localizada – gotejamento, microaspersão, tubos perfurados, será possível intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras.
O alto padrão de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas, não é aconselhável a prática da consorciação, já que o produtor de acerola para exportação deve dispensar atenção máxima à obtenção de frutas que atendam aos padrões internacionais de qualidade. Caso isso não aconteça esse produtor terá dificuldades de competir num mercado cada vez mais exigente. Porém, a consorciação deverá ser incentivada durante a fase de formação do pomar de acerola, como uma forma de amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados, e a adoção desse sistema poderá ser útil principalmente em pequenas áreas, associando-se a aceroleira com culturas de ciclo curto e tendo em vista, o incremento da renda e da remuneração do fruticultor, bem como o aproveitamento da mão-de-obra familiar.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
O plantio de culturas intercalares é viável em pomares de aceroleiras voltadas a exportação, embora esta prática esteja sujeita a algumas restrições. A principal delas diz respeito ao método de irrigação utilizado: a consorciação só é possível quando se adota a irrigação por aspersão ou se for feita no período de chuvas. Nesta época ela pode tornar-se pouco atraente, devido à irregularidade temporal e espacial das precipitações, tal como ocorre, na região Nordeste. O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras – Principalmente a mangueira – apesar de já ter sido praticado em áreas irrigadas n Nordeste, requer maiores conhecimentos técnicos.
Embora não apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo, o consórcio entre aceroleiras e mangueiras, pode tornar-se bastante difícil, principalmente depois que as mangueiras iniciam a produção econômica ou quando as copas das fruteiras consorciadas começam a se interceptar. Sérias dificuldades se fazem sentir na tentativa de compatibilizar a irrigação, a adubação e as pulverizações. Estas práticas são especificas de cada cultura e devem ser executadas em épocas predeterminadas, então vai haver uma hora que o produtor terá de eliminar a cultura secundária, para não prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal.
Outro fator que define a espécie da cultura a ser consorciada com a acerola é o sistema de irrigação adotado. Nas irrigações por sulco ou aspersão, as limitações restringem-se apenas às espécies de cultura passíveis de consorciação. Se a irrigação é a localizada, a intercalação de culturas, só pode ser feita entre plantas ao longo da fileira. Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigação localizada – gotejamento, microaspersão, tubos perfurados, será possível intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras.
O alto padrão de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas, não é aconselhável a prática da consorciação, já que o produtor de acerola para exportação deve dispensar atenção máxima à obtenção de frutas que atendam aos padrões internacionais de qualidade. Caso isso não aconteça esse produtor terá dificuldades de competir num mercado cada vez mais exigente. Porém, a consorciação deverá ser incentivada durante a fase de formação do pomar de acerola, como uma forma de amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados, e a adoção desse sistema poderá ser útil principalmente em pequenas áreas, associando-se a aceroleira com culturas de ciclo curto e tendo em vista, o incremento da renda e da remuneração do fruticultor, bem como o aproveitamento da mão-de-obra familiar.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
Colheita e manejo da fruta
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.
A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportação deve ser feita de maneira criteriosa, pões o sucesso na comercialização do produto. Por isso os frutos devem ser colhidos, sempre nas horas de temperatura mais amena.
Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importância de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecânicos, uma vez machucados ou lesionados terão o processo de deterioração acelerado.
O fator determinante do ponto de colheita é o destino que se pretende dar aos frutos. No caso de congelamento ou processamento, os frutos deverão ser colhidos com coloração vermelho intensa, mas ainda firmes para suportar o manuseio. Neste estádio o fruto apresenta elevado teor de açúcar, baixa acidez e menos teor de vitamina C, entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos cítricos tidos como ricos em vitaminas C.
Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturação (verde, verde amarelado ou até o início da pigmentação vermelha) quando se destina a fabricação de produtos em pó, cápsulas, concentrados para o enriquecimento de outros alimentos; deve ser efetuada duas a três vezes por semana, ou diariamente, dependendo do pique de produção, para evitar que caiam depois de determinado ponto de maturação.
As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas “de vez”, já as vendidas aos mercados locais e indústrias processadoras devem ser colhidas maduras.
Os frutos, principalmente maduros, devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas, pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da casca dos frutos colocados em posição inferior. Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno, que permitam coluna de frutos até 15cm. No caso de utilizar caixas de PVC tradicionais, preferir as com aberturas laterais ou então protegê-las com plástico esponjoso para evitar injúrias mecânicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa.
A operação colheita é, sem dúvida, uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola. No auge da safra e em pomares quase ou já em produção plena, uma pessoa colhe cerca de 40 a 50 kg/fruta/dia.
A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos d’água fria sobre os frutos.
Seu congelamento deverá ser após a seleção e lavagem, levados para câmara ou túnel de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos. O congelamento deve ser realizado no menor espaço de tempo possível. No processo de congelamento lento ocorrem alterações físicas muito drásticas no produto, principalmente formação de cristais de gelo, que podem perfurar as células, liberando enzimas responsáveis pela degradação dos principais constituintes (açúcares, vitaminas, entre outros) e provocam alterações indesejáveis na cor (amarelecimento).
A conservação dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeração de 7ºC.
Mustard, procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a transformação em geléia, verificou que, após o cozimento, o suco conserva alto teor de vitaminas. Esse ponto é importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a destruir a vitamina C, no caso da acerola o teor se manteve.
Santini, também procurando conhecer a perda do teor vitamínico durante a transformação dos frutos, chegou a conclusão de que o ácido ascórbico pode ser mantido quase integralmente, desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente. Verificou que se mantido à temperatura de 7ºC, por doze meses, a perda de teor de ácido ascórbico é de apenas 18%.
No congelamento assim como na refrigeração, utiliza a diminuição da temperatura para prolongar o período de conservação dos frutos, porém devido a baixa temperatura, ocorre a formação de cristais de gelo nos tecidos, implicando na paralisação, quase por completo e irreversível, de toda a atividade metabólica e na morte da célula seja por congelamento lento ou rápido. Quando o congelamento é lento seguido de descongelamento apresenta uma desestruturação a polpa, permitindo sua utilização apenas em industrias de processamento. Quando se utiliza o congelamento, o tempo de armazenamento se prolonga consideravelmente, viabilizando inclusive a exportação para os paises mais distantes.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportação deve ser feita de maneira criteriosa, pões o sucesso na comercialização do produto. Por isso os frutos devem ser colhidos, sempre nas horas de temperatura mais amena.
Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importância de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecânicos, uma vez machucados ou lesionados terão o processo de deterioração acelerado.
O fator determinante do ponto de colheita é o destino que se pretende dar aos frutos. No caso de congelamento ou processamento, os frutos deverão ser colhidos com coloração vermelho intensa, mas ainda firmes para suportar o manuseio. Neste estádio o fruto apresenta elevado teor de açúcar, baixa acidez e menos teor de vitamina C, entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos cítricos tidos como ricos em vitaminas C.
Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturação (verde, verde amarelado ou até o início da pigmentação vermelha) quando se destina a fabricação de produtos em pó, cápsulas, concentrados para o enriquecimento de outros alimentos; deve ser efetuada duas a três vezes por semana, ou diariamente, dependendo do pique de produção, para evitar que caiam depois de determinado ponto de maturação.
As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas “de vez”, já as vendidas aos mercados locais e indústrias processadoras devem ser colhidas maduras.
Os frutos, principalmente maduros, devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas, pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da casca dos frutos colocados em posição inferior. Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno, que permitam coluna de frutos até 15cm. No caso de utilizar caixas de PVC tradicionais, preferir as com aberturas laterais ou então protegê-las com plástico esponjoso para evitar injúrias mecânicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa.
A operação colheita é, sem dúvida, uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola. No auge da safra e em pomares quase ou já em produção plena, uma pessoa colhe cerca de 40 a 50 kg/fruta/dia.
A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos d’água fria sobre os frutos.
Seu congelamento deverá ser após a seleção e lavagem, levados para câmara ou túnel de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos. O congelamento deve ser realizado no menor espaço de tempo possível. No processo de congelamento lento ocorrem alterações físicas muito drásticas no produto, principalmente formação de cristais de gelo, que podem perfurar as células, liberando enzimas responsáveis pela degradação dos principais constituintes (açúcares, vitaminas, entre outros) e provocam alterações indesejáveis na cor (amarelecimento).
A conservação dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeração de 7ºC.
Mustard, procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a transformação em geléia, verificou que, após o cozimento, o suco conserva alto teor de vitaminas. Esse ponto é importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a destruir a vitamina C, no caso da acerola o teor se manteve.
Santini, também procurando conhecer a perda do teor vitamínico durante a transformação dos frutos, chegou a conclusão de que o ácido ascórbico pode ser mantido quase integralmente, desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente. Verificou que se mantido à temperatura de 7ºC, por doze meses, a perda de teor de ácido ascórbico é de apenas 18%.
No congelamento assim como na refrigeração, utiliza a diminuição da temperatura para prolongar o período de conservação dos frutos, porém devido a baixa temperatura, ocorre a formação de cristais de gelo nos tecidos, implicando na paralisação, quase por completo e irreversível, de toda a atividade metabólica e na morte da célula seja por congelamento lento ou rápido. Quando o congelamento é lento seguido de descongelamento apresenta uma desestruturação a polpa, permitindo sua utilização apenas em industrias de processamento. Quando se utiliza o congelamento, o tempo de armazenamento se prolonga consideravelmente, viabilizando inclusive a exportação para os paises mais distantes.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
Produção e produtividade
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.
A planta oriunda de sementes ou estacas, começam a produzir cedo, ou seja, 2 a 2,5 ou 1,5 anos após o plantio.e frutifica três a quatro vezes ao ano. Em Porto Rico tem-se reportado até sete picos de produção (Simão, 1971). No entanto, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigação, as plantas advindas de sementes ou estacas tem começado a frutificar em menos de um ano e produzindo praticamente o ano inteiro.
No que se refere ao rendimento alcançado por planta e por hectare, pode-se dizer que este apresenta grandes diferenças entre as áreas cultivadas, dependendo principalmente da variedade ou clone explorado, dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigação, entre outros fatores.
É importante salientar que o potencial genético das plantas, ateado às condições edafoclimáticas da região, poderá influir fortemente na produção e produtividade da aceroleira. Plantas conduzidas em áreas de sequeiro em regime de dependência das chuvas, com precipitação anual média em torno de 1.480mm, apresentaram produções entre 2,01 e 27,11kg, com quatro safras ao ano (Batista e outros, 1989).
Registrou-se no campo experimental de Bebedouro, em Petrolina – PE, a colheita de 17Kg/planta em matrizes que iniciaram a produção cerca de cinco meses após o plantio definitivo e num ciclo fenológico de produção de apenas seis meses – junho a dezembro.
É importante frisar que, no caso dos pomares de aceroleira orientados para a exportação a importância do fator quantidade, o peso total dos frutos produzidos é apenas relativa. O produtor de acerola – para consumo in natura ou produção de suco – que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo, deverá estabelecer, sua meta de produção e um programa rígido e sistemático de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo, é importante que o produtor implante em seu pomar uma plantação de aceroleiras com maior conteúdo possível de ácido ascórbico.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
A planta oriunda de sementes ou estacas, começam a produzir cedo, ou seja, 2 a 2,5 ou 1,5 anos após o plantio.e frutifica três a quatro vezes ao ano. Em Porto Rico tem-se reportado até sete picos de produção (Simão, 1971). No entanto, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigação, as plantas advindas de sementes ou estacas tem começado a frutificar em menos de um ano e produzindo praticamente o ano inteiro.
No que se refere ao rendimento alcançado por planta e por hectare, pode-se dizer que este apresenta grandes diferenças entre as áreas cultivadas, dependendo principalmente da variedade ou clone explorado, dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigação, entre outros fatores.
É importante salientar que o potencial genético das plantas, ateado às condições edafoclimáticas da região, poderá influir fortemente na produção e produtividade da aceroleira. Plantas conduzidas em áreas de sequeiro em regime de dependência das chuvas, com precipitação anual média em torno de 1.480mm, apresentaram produções entre 2,01 e 27,11kg, com quatro safras ao ano (Batista e outros, 1989).
Registrou-se no campo experimental de Bebedouro, em Petrolina – PE, a colheita de 17Kg/planta em matrizes que iniciaram a produção cerca de cinco meses após o plantio definitivo e num ciclo fenológico de produção de apenas seis meses – junho a dezembro.
É importante frisar que, no caso dos pomares de aceroleira orientados para a exportação a importância do fator quantidade, o peso total dos frutos produzidos é apenas relativa. O produtor de acerola – para consumo in natura ou produção de suco – que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo, deverá estabelecer, sua meta de produção e um programa rígido e sistemático de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo, é importante que o produtor implante em seu pomar uma plantação de aceroleiras com maior conteúdo possível de ácido ascórbico.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
Pragas e doenças
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.
Pulgão (Aphis spiraecola)
Estes insetos destacam-se na estação seca. Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- após um surto de crescimento.
Os pulgões podem causar sérios prejuízos à planta. Ao sugarem a parte final dos ramos, provocam seu murchamento e morte, o que força a planta a gerar brotos laterais. É comum o pulgão atacar flores e frutos em formação, prejudicando a produtividade geral da cultura.
Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)
Este inseto faz a sua oviposição no ovário das flores e nos frutos em desenvolvimento, que serve como alimento a eles (Marty e Pennock, 1965). Quase sempre os frutos atacados pelo bicudo se deformam. Marty e Pennock sugerem três medidas básicas:
1. Pulverizar com paration na época do florescimento repetindo dez dias após.
2. Recolher e enterrar todos os frutos caídos no chão.
3. Eliminar as outras espécies do gênero Malpighia existentes próximas ao pomar.
Nematóides
De todas as pragas que atacam a aceroleira, o nematóide é a de maior importância econômica. (Internacional Board. Plant Genetic Resources, 1986). A aceroleira é muito sensível ao ataque dessa praga. Estes parasitos atacam as raízes, induzindo-as a formação de galhas (Marty e Pennock, 1965). As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aérea e nas raízes que encurtam e engrossam. A infecção das raízes Choud hury e Choud hury (1992), atrapalha na absorção da água e nutrientes do solo, e isso se reflete no crescimento da copa da planta.
A acerola é realmente suscetível aos nematóides segundo Ferraz e outros, porém é resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola , Radpholus similis , Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans. Pomares no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produção das plantas, em conseqüência do ataque do Meloidogyne arenaria e Meloidogyne incognita já mencionados.
Choud hury e Coud hury, 1992, recomendam aos fruticultores seguintes medidas para diminuir a população desses nimatóides.
1. Obter mudas sadias, produzidas em solos não infetados por fitonematóides.
2. Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporação no solo.
Outras pragas
Poderá ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas não identificados más de controle simples, com pulverizações para o seu combate.
Simão (1971) informa que em algumas épocas do ano a mosca-da-fruta, Ceratitis capitata, causa prejuízos aos frutos da acerola. Simão recomenda o uso de paration ou óleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os ácaros, e de produtos à base de fenthion como isca ou pulverização contra a mosca-das-frutas.
Doenças
O desmatamento para a implantação da aceroleira implicou na quebra do equilíbrio biológico, como conseqüência, o surgimento de enfermidades até então não relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores.
Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrência da cercospora (leaf spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaí.
O fungo Cercospora bunchosiae , aparentemente só ataca as folhas da acerola em alta precipitação e alta umidade relativa do ar. Essa doença pode causar sérios danos e se caracteriza pela presença de pontuações necróticas medindo 1 a 5mm de diâmetro, arredondados ou irregulares, que amarelecem e caem. Segundo Melendez (1963), nesse caso pode dar-se a desfolhação total da planta.
Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces são dotados de grandes resistência a cercosporiose e as ácidas apresentam diferentes graus de tolerância. Para esse autor, os produtos químicos à base de cobre na sua formulação controlam essa doença.
Nas áreas irrigadas do semi-árido nordestino, a cultura da acerola ainda não apresentou nenhum problema fitossanitário associado a doenças. Tampouco nos pomares da região do Submédio São Francisco e de outras áreas irrigadas do Nordeste a presença da cercosporiose. É possível que em climas com baixa umidade relativa do ar, esse problema fitossanitário não aconteça, pelo menos a curto ou médio prazo.
Há duas doenças, que poderão eventualmente atacar os pomares de aceroleira. A verrugose e a antracnose.
Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil, podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas, os sintomas da antracnose são, manchas esbranquiçadas, com estreito marrom circundando a área necrosada. Nos frutos infectam e causam manchas pequenas, enegrecidas, as quais podem coalescer aumentando a área necrosada.
Os frutos atacados não se prestam para a exportação se tornando em prejuízos aos produtores.
No Brasil não existem defensivos agrícolas para a acerola, mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPA/CNPAT mostram que o fungo pode ser controlado através de pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizações curativas com benomil ou tiofanato metílico + chlorotalonil.
Verrugose De constatação recente no Brasil, foi identificada pela primeira vez no Estado do Pará (Trindade et alli,1993). Recentemente em Lucena, no litoral da Paraíba. Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas, principalmente na superfície superior, as vezes com nervura das folhas. Em infecções severas as folhas apresentam limbo retorcido. Os prejuízos mais notórios são notados nos frutos. A rugosidade decorrente da infecção afetam o desenvolvimento normal dos frutos, provocando distorções e atrofiamento, podendo não atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido. O agente causal da Verrugose é o fungo Sphaceloma sp. Desconhecem-se, até o presente, medidas eficientes para o controle do patógeno sobre a acerola. A doença foi inicialmente encontrada no Havaí.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
Pulgão (Aphis spiraecola)
Estes insetos destacam-se na estação seca. Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- após um surto de crescimento.
Os pulgões podem causar sérios prejuízos à planta. Ao sugarem a parte final dos ramos, provocam seu murchamento e morte, o que força a planta a gerar brotos laterais. É comum o pulgão atacar flores e frutos em formação, prejudicando a produtividade geral da cultura.
Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)
Este inseto faz a sua oviposição no ovário das flores e nos frutos em desenvolvimento, que serve como alimento a eles (Marty e Pennock, 1965). Quase sempre os frutos atacados pelo bicudo se deformam. Marty e Pennock sugerem três medidas básicas:
1. Pulverizar com paration na época do florescimento repetindo dez dias após.
2. Recolher e enterrar todos os frutos caídos no chão.
3. Eliminar as outras espécies do gênero Malpighia existentes próximas ao pomar.
Nematóides
De todas as pragas que atacam a aceroleira, o nematóide é a de maior importância econômica. (Internacional Board. Plant Genetic Resources, 1986). A aceroleira é muito sensível ao ataque dessa praga. Estes parasitos atacam as raízes, induzindo-as a formação de galhas (Marty e Pennock, 1965). As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aérea e nas raízes que encurtam e engrossam. A infecção das raízes Choud hury e Choud hury (1992), atrapalha na absorção da água e nutrientes do solo, e isso se reflete no crescimento da copa da planta.
A acerola é realmente suscetível aos nematóides segundo Ferraz e outros, porém é resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola , Radpholus similis , Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans. Pomares no município de Mossoró, Rio Grande do Norte, apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produção das plantas, em conseqüência do ataque do Meloidogyne arenaria e Meloidogyne incognita já mencionados.
Choud hury e Coud hury, 1992, recomendam aos fruticultores seguintes medidas para diminuir a população desses nimatóides.
1. Obter mudas sadias, produzidas em solos não infetados por fitonematóides.
2. Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporação no solo.
Outras pragas
Poderá ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas não identificados más de controle simples, com pulverizações para o seu combate.
Simão (1971) informa que em algumas épocas do ano a mosca-da-fruta, Ceratitis capitata, causa prejuízos aos frutos da acerola. Simão recomenda o uso de paration ou óleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os ácaros, e de produtos à base de fenthion como isca ou pulverização contra a mosca-das-frutas.
Doenças
O desmatamento para a implantação da aceroleira implicou na quebra do equilíbrio biológico, como conseqüência, o surgimento de enfermidades até então não relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores.
Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrência da cercospora (leaf spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaí.
O fungo Cercospora bunchosiae , aparentemente só ataca as folhas da acerola em alta precipitação e alta umidade relativa do ar. Essa doença pode causar sérios danos e se caracteriza pela presença de pontuações necróticas medindo 1 a 5mm de diâmetro, arredondados ou irregulares, que amarelecem e caem. Segundo Melendez (1963), nesse caso pode dar-se a desfolhação total da planta.
Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces são dotados de grandes resistência a cercosporiose e as ácidas apresentam diferentes graus de tolerância. Para esse autor, os produtos químicos à base de cobre na sua formulação controlam essa doença.
Nas áreas irrigadas do semi-árido nordestino, a cultura da acerola ainda não apresentou nenhum problema fitossanitário associado a doenças. Tampouco nos pomares da região do Submédio São Francisco e de outras áreas irrigadas do Nordeste a presença da cercosporiose. É possível que em climas com baixa umidade relativa do ar, esse problema fitossanitário não aconteça, pelo menos a curto ou médio prazo.
Há duas doenças, que poderão eventualmente atacar os pomares de aceroleira. A verrugose e a antracnose.
Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil, podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas, os sintomas da antracnose são, manchas esbranquiçadas, com estreito marrom circundando a área necrosada. Nos frutos infectam e causam manchas pequenas, enegrecidas, as quais podem coalescer aumentando a área necrosada.
Os frutos atacados não se prestam para a exportação se tornando em prejuízos aos produtores.
No Brasil não existem defensivos agrícolas para a acerola, mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPA/CNPAT mostram que o fungo pode ser controlado através de pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizações curativas com benomil ou tiofanato metílico + chlorotalonil.
Verrugose De constatação recente no Brasil, foi identificada pela primeira vez no Estado do Pará (Trindade et alli,1993). Recentemente em Lucena, no litoral da Paraíba. Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas, principalmente na superfície superior, as vezes com nervura das folhas. Em infecções severas as folhas apresentam limbo retorcido. Os prejuízos mais notórios são notados nos frutos. A rugosidade decorrente da infecção afetam o desenvolvimento normal dos frutos, provocando distorções e atrofiamento, podendo não atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido. O agente causal da Verrugose é o fungo Sphaceloma sp. Desconhecem-se, até o presente, medidas eficientes para o controle do patógeno sobre a acerola. A doença foi inicialmente encontrada no Havaí.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
Adubação e Calagem
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B
Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta rústica facilmente adaptável aos mais variados tipos de solo, requer manejo correto quanto à adubação e nutrição das plantas, principalmente nos pomares orientados para a exportação.
A fertilização é de suma importância em termos percentuais, para o aumento da produtividade. Segundo Lopes e Guilherme (1990), se feita uma aplicação correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produção por unidade de nutriente aplicado. A ineficiência de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro, resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos.
Para a exportação o manejo racional, dos fertilizantes é fundamentalmente necessário, estas técnicas de manejo básico e essencial, estão a seguir:
a)– Análise de solo – É um excelente meio de se diagnosticar, com maior precisão, o fertilizante e a quantidade a ser aplicada.
b)– Análise foliar – Tornou-se um importante recurso para a diagnose de problemas nutricionais, principalmente em culturas perenes. Se associada à análise de solo proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenológico da cultura.
c)– Testes de tecidos – Os testes rápidos ou testes de tecidos são muito conhecidos nos Estados Unidos e Europa. No Brasil o seu uso ainda é muito limitado. São utilizados na avaliação nutricional das plantas, sobretudo no que diz respeito a nitrogênio, fósforo e potássio. Feitos no campo, dão uma idéia imediata da situação nutricional do pomar.
d)– Observação dos sintomas de deficiência de nutrientes – Permite a identificação visual da deficiência de nutrientes em plantas, com vistas ao diagnóstico e à previsão dos problemas do pomar.
e)– Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes – É fundamental para a tomada de decisões a cerca da aplicação de micronutrientes. Esses fatores, entre outros, o nível do pH do solo e a presença do alumínio em níveis tóxicos.
Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histórico da área a ser cultivada é de grande valia na otimização ou maximização do uso e eficiência dos fertilizantes.
No Brasil, há pouca informação disponível a respeito da adubação e nutrição nas condições edafoclimáticas das áreas irrigadas do Nordeste.
Estudos desenvolvidos em Porto Rico, Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiência nutricional na aceroleira cultivada em solução nutritiva:
1 – A eliminação do nitrogênio da solução nutritiva foi o fator que mais deteve o crescimento e a produção das plantas.
2 – A deficiência de fósforo, boro, enxofre e ferro não tiveram efeito tão nocivo sobre o crescimento das plantas quanto o produzido pela carência de nitrogênio, porem diminuiu drasticamente a produção de frutos.
3 – A deficiência de magnésio e manganês produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produção das aceroleiras.
4 – A falta de potássio diminuiu o diâmetro dos ramos e o tamanho dos frutos.
5 – A deficiência de cálcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas.
6 – Os índices mais altos de nitrogênio foram encontrados em folhas de árvores deficientes em enxofre e ferro.
7 – As plantas deficientes em nitrogênio apresentaram alta concentração de fósforo nas folhas.
8 – As árvores deficientes em fósforo não apresentaram sintoma algum dessa carência.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
9 – Os menores níveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em cálcio.
10 – Os sintomas mais sérios de deficiência de nitrogênio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas.
Silva e Junior e outros (1988), citados por Alves (1992), observaram que o nitrogênio e o potássio são os elementos extraídos em maior quantidade pelos frutos.
Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniência de suprir fartamente a aceroleira de elementos maiores, principalmente o nitrogênio, sugerindo a aplicação da fórmula 14-4-10, duas vezes por ano na quantidade de 160kg/ha, nos dois primeiros anos da implantação do pomar.
Os adubos devem ser distribuídos em circulo sobre a superfície do terreno, na projeção da copa.
Simão (1971) indica a fórmula 8-8-15 a base de 500g/planta até a idade de quatro anos. Para as plantas adultas, recomenda a mesma fórmula, usando porém 1,5 a 2,5kg/planta em duas aplicações.
Simão (1971) recomenda ainda que até o início da frutificação a planta seja adubada anualmente com esta mistura: 400 gramas de superfosfato de cálcio e 200 gramas de cloreto de potássio. Iniciada a frutificação, recomenda a aplicação da seguinte fórmula: 660 1.000 gramas de sulfato de amônio ou nitrocálcio; 600 a 900 gramas de superfosfato de cálcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potássio. Esta adubação que é indicada para áreas dependentes de chuvas, deve ser dividida em duas doses iguais, uma aplicada no início do período chuvoso e a outra no fim desse período, em faixa circular distante entre 20 e 40cm do tronco ou na projeção da copa.
Para as áreas irrigadas do submédio São Francisco, recomenda-se aplicar em fundação (cova) 400-500 gramas de superfosfato simples; 300-400 gramas de cloreto de potássio e 20 litros no mínimo de esterco bem curtido. Durante o primeiro ano recomenda-se a adubação mensal em cobertura e na projeção da copa 30-40 gramas de uréia e 30-40 gramas de sulfato de potássio por planta, adicionando-se a cada seis meses também em cobertura, 20 litros de esterco bem curtido.
As adubações regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente, sobretudo se não estiverem acompanhadas de uma caracterização detalhada do solo, do manejo e do estádio de desenvolvimento da cultura.
Na adubação orgânica, apesar das poucas experiências realizadas, seu uso é recomendável principalmente por ocasião do plantio e, depois, duas vezes por ano em cobertura sob a projeção da copa. Deve ser incentivado nos solos arenosos da região semi-árida do Nordeste, em virtude da sua pobreza em matéria orgânica e pela proteção que essa adubação oferece contra a insolação direta e a conseqüente evaporação.
A análise química do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos, para que se possa avaliar a necessidade não só da aplicação, de corretivos, como da adequação dos níveis de cálcio e magnésio.
A calagem é recomendada com base no teor de alumínio trocável ou em função dos níveis de cálcio e magnésio no complexo sortivo do solo. Também poderá basear-se no teor de matéria orgânica presente no solo.
Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 5,5 a 6,5. As árvores cresceram com maior vigor, apresentaram uma folhagem verde-escuro e propiciaram, maior produtividade. Nos pomares de acerola orientados para a exportação, a calagem constitui-se pois, numa prática indispensável, com vistas à correção do pH do solo, para situá-lo na faixa que melhor atenda às exigências da cultura. Hernandez, (1970) ainda ressalta que a aplicação de calcário aumenta a produtividade i o conteúdo de ácido ascórbico da fruta.
O sucesso da calagem dependerá, das características do corretivo, bem como da dosagem e do método de aplicação do produto.
É indispensável que o produtor dispense cuidados especiais à adubação e à correção do solo, para que possa conseguir na sua atividade frutícola uma relação custo/benefício eficiente.
Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta rústica facilmente adaptável aos mais variados tipos de solo, requer manejo correto quanto à adubação e nutrição das plantas, principalmente nos pomares orientados para a exportação.
A fertilização é de suma importância em termos percentuais, para o aumento da produtividade. Segundo Lopes e Guilherme (1990), se feita uma aplicação correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produção por unidade de nutriente aplicado. A ineficiência de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro, resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos.
Para a exportação o manejo racional, dos fertilizantes é fundamentalmente necessário, estas técnicas de manejo básico e essencial, estão a seguir:
a)– Análise de solo – É um excelente meio de se diagnosticar, com maior precisão, o fertilizante e a quantidade a ser aplicada.
b)– Análise foliar – Tornou-se um importante recurso para a diagnose de problemas nutricionais, principalmente em culturas perenes. Se associada à análise de solo proporciona orientação segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenológico da cultura.
c)– Testes de tecidos – Os testes rápidos ou testes de tecidos são muito conhecidos nos Estados Unidos e Europa. No Brasil o seu uso ainda é muito limitado. São utilizados na avaliação nutricional das plantas, sobretudo no que diz respeito a nitrogênio, fósforo e potássio. Feitos no campo, dão uma idéia imediata da situação nutricional do pomar.
d)– Observação dos sintomas de deficiência de nutrientes – Permite a identificação visual da deficiência de nutrientes em plantas, com vistas ao diagnóstico e à previsão dos problemas do pomar.
e)– Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes – É fundamental para a tomada de decisões a cerca da aplicação de micronutrientes. Esses fatores, entre outros, o nível do pH do solo e a presença do alumínio em níveis tóxicos.
Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histórico da área a ser cultivada é de grande valia na otimização ou maximização do uso e eficiência dos fertilizantes.
No Brasil, há pouca informação disponível a respeito da adubação e nutrição nas condições edafoclimáticas das áreas irrigadas do Nordeste.
Estudos desenvolvidos em Porto Rico, Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiência nutricional na aceroleira cultivada em solução nutritiva:
1 – A eliminação do nitrogênio da solução nutritiva foi o fator que mais deteve o crescimento e a produção das plantas.
2 – A deficiência de fósforo, boro, enxofre e ferro não tiveram efeito tão nocivo sobre o crescimento das plantas quanto o produzido pela carência de nitrogênio, porem diminuiu drasticamente a produção de frutos.
3 – A deficiência de magnésio e manganês produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produção das aceroleiras.
4 – A falta de potássio diminuiu o diâmetro dos ramos e o tamanho dos frutos.
5 – A deficiência de cálcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas.
6 – Os índices mais altos de nitrogênio foram encontrados em folhas de árvores deficientes em enxofre e ferro.
7 – As plantas deficientes em nitrogênio apresentaram alta concentração de fósforo nas folhas.
8 – As árvores deficientes em fósforo não apresentaram sintoma algum dessa carência.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
9 – Os menores níveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em cálcio.
10 – Os sintomas mais sérios de deficiência de nitrogênio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas.
Silva e Junior e outros (1988), citados por Alves (1992), observaram que o nitrogênio e o potássio são os elementos extraídos em maior quantidade pelos frutos.
Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniência de suprir fartamente a aceroleira de elementos maiores, principalmente o nitrogênio, sugerindo a aplicação da fórmula 14-4-10, duas vezes por ano na quantidade de 160kg/ha, nos dois primeiros anos da implantação do pomar.
Os adubos devem ser distribuídos em circulo sobre a superfície do terreno, na projeção da copa.
Simão (1971) indica a fórmula 8-8-15 a base de 500g/planta até a idade de quatro anos. Para as plantas adultas, recomenda a mesma fórmula, usando porém 1,5 a 2,5kg/planta em duas aplicações.
Simão (1971) recomenda ainda que até o início da frutificação a planta seja adubada anualmente com esta mistura: 400 gramas de superfosfato de cálcio e 200 gramas de cloreto de potássio. Iniciada a frutificação, recomenda a aplicação da seguinte fórmula: 660 1.000 gramas de sulfato de amônio ou nitrocálcio; 600 a 900 gramas de superfosfato de cálcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potássio. Esta adubação que é indicada para áreas dependentes de chuvas, deve ser dividida em duas doses iguais, uma aplicada no início do período chuvoso e a outra no fim desse período, em faixa circular distante entre 20 e 40cm do tronco ou na projeção da copa.
Para as áreas irrigadas do submédio São Francisco, recomenda-se aplicar em fundação (cova) 400-500 gramas de superfosfato simples; 300-400 gramas de cloreto de potássio e 20 litros no mínimo de esterco bem curtido. Durante o primeiro ano recomenda-se a adubação mensal em cobertura e na projeção da copa 30-40 gramas de uréia e 30-40 gramas de sulfato de potássio por planta, adicionando-se a cada seis meses também em cobertura, 20 litros de esterco bem curtido.
As adubações regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente, sobretudo se não estiverem acompanhadas de uma caracterização detalhada do solo, do manejo e do estádio de desenvolvimento da cultura.
Na adubação orgânica, apesar das poucas experiências realizadas, seu uso é recomendável principalmente por ocasião do plantio e, depois, duas vezes por ano em cobertura sob a projeção da copa. Deve ser incentivado nos solos arenosos da região semi-árida do Nordeste, em virtude da sua pobreza em matéria orgânica e pela proteção que essa adubação oferece contra a insolação direta e a conseqüente evaporação.
A análise química do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos, para que se possa avaliar a necessidade não só da aplicação, de corretivos, como da adequação dos níveis de cálcio e magnésio.
A calagem é recomendada com base no teor de alumínio trocável ou em função dos níveis de cálcio e magnésio no complexo sortivo do solo. Também poderá basear-se no teor de matéria orgânica presente no solo.
Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 5,5 a 6,5. As árvores cresceram com maior vigor, apresentaram uma folhagem verde-escuro e propiciaram, maior produtividade. Nos pomares de acerola orientados para a exportação, a calagem constitui-se pois, numa prática indispensável, com vistas à correção do pH do solo, para situá-lo na faixa que melhor atenda às exigências da cultura. Hernandez, (1970) ainda ressalta que a aplicação de calcário aumenta a produtividade i o conteúdo de ácido ascórbico da fruta.
O sucesso da calagem dependerá, das características do corretivo, bem como da dosagem e do método de aplicação do produto.
É indispensável que o produtor dispense cuidados especiais à adubação e à correção do solo, para que possa conseguir na sua atividade frutícola uma relação custo/benefício eficiente.
Irrigação
Resumo escrito por FRANZÃO, A. A. e MELO, B.
A irrigação na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiões com problemas de insuficiência e/ou má distribuição de chuvas (abaixo de 1.600mm anuais). Á medida que se reduz a disponibilidade de água, diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aérea da planta, porém a água em excesso provoca diminuição da qualidade do fruto, reduzindo os teores de vitamina C. o uso da irrigação de forma racional permiti no mínimo a duplicação da produção e o aumento no número de safras.
Segundo Scaloppi (1986), a escolha dos sistemas de rega depende de uma série de fatores técnicos, econômicos e culturais com as condições específicas da propriedade: 1) recursos hídricos (potencial hídrico, situação topográfica, qualidade e custo da água); 2) topografia; 3) solos (características morfológicas, retenção hídrica, infiltração, características químicas e variabilidade espacial); 4) clima (precipitação, ventos e evapotranspiração potencial); 5) culturas (sistema e densidade de plantio, profundidade efetiva do sistema radicular, altura das plantas exigências agronômicas e valor econômico); 6) aspectos econômicos (custos iniciais, operacionais e de manutenção); 7) fatores humanos (nível educacional, poder aquisitivo, tradição, etc.).
Os tipos de irrigação mais utilizados são: aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, e por tubos perfurados (Xique-xique), por sulco de infiltração com bacias de captação na projeção da copa e irrigação por mangueira no mesmo estilo.
Os sistemas de irrigação por sulcos e gotejamento são indicados para solos argilo-arenosos; já os sistemas de aspersão e microaspersão se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
A irrigação na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiões com problemas de insuficiência e/ou má distribuição de chuvas (abaixo de 1.600mm anuais). Á medida que se reduz a disponibilidade de água, diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aérea da planta, porém a água em excesso provoca diminuição da qualidade do fruto, reduzindo os teores de vitamina C. o uso da irrigação de forma racional permiti no mínimo a duplicação da produção e o aumento no número de safras.
Segundo Scaloppi (1986), a escolha dos sistemas de rega depende de uma série de fatores técnicos, econômicos e culturais com as condições específicas da propriedade: 1) recursos hídricos (potencial hídrico, situação topográfica, qualidade e custo da água); 2) topografia; 3) solos (características morfológicas, retenção hídrica, infiltração, características químicas e variabilidade espacial); 4) clima (precipitação, ventos e evapotranspiração potencial); 5) culturas (sistema e densidade de plantio, profundidade efetiva do sistema radicular, altura das plantas exigências agronômicas e valor econômico); 6) aspectos econômicos (custos iniciais, operacionais e de manutenção); 7) fatores humanos (nível educacional, poder aquisitivo, tradição, etc.).
Os tipos de irrigação mais utilizados são: aspersão convencional, microaspersão, gotejamento, e por tubos perfurados (Xique-xique), por sulco de infiltração com bacias de captação na projeção da copa e irrigação por mangueira no mesmo estilo.
Os sistemas de irrigação por sulcos e gotejamento são indicados para solos argilo-arenosos; já os sistemas de aspersão e microaspersão se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos.
Fonte: http://www.fruticultura.iciag.ufu.br
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